Sam Bankman-Fried foi libertado na tarde desta quinta-feira, 22 de dezembro, mediante uma fiança de 250 milhões de dólares (cerca de 236 milhões de euros ao câmbio atual).
O co-fundador da FTX, de acordo com as condições impostas para a libertação, terá de entregar o passaporte às autoridades e sujeitar-se a avaliações à saúde mental e a tratamentos frequentes, de acordo com a Reuters, num acordo de fiança assinado, e garantido, pelos pais. Não poderá sair de casa dos progenitores durante este período.
Bankman-Fried foi preso nas Baamas a 12 de dezembro, onde vivia e tinha sediada a plataforma de corretagem de criptoativos FTX e o hedge fund Alameda Research, e extraditado para os Estados Unidos na quarta-feira depois de ter aceitado voluntariamente a transferência para o seu país natal, onde irá passar pelo crivo da justiça norte-americana.
Acusados de fraude e de desvio de fundos pela justiça dos EUA e com reguladores como a SEC à perna, antigos sócios de Bankman-Fried, a antiga diretora executiva da Alameda Reserach Carolyn Ellison e Gary Wang, co-fundador da FTX, declararam-se culpados de fraude e estão a colaborar com a investigação. Não terá sido proposto a Bankman-Fried um acordo do género, segundo a agência.
Sam Bankman-Fried, cuja fortuna chegou a atingir 26,5 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros) e que desapareceu com o colapso da FTX e das empresas conexas no início de novembro, arrastando todo o setor para uma profunda crise, ouviu o juiz avisar-lhe que seria procurado, e detido, de novo pelas autoridades se não comparecesse ao tribunal, escreve a Reuters. O antigo milionário do setor dos criptoativos anuiu em silêncio com um aceno de cabeça.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcgarcia@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes