O Banco Central Europeu (BCE) mantém para 2023 os mesmos requisitos de capital no banco liderado por Miguel Maya, não antecipando riscos adicionais. A 30 de setembro o banco excedia a exigência do supervisor europeu
O BCP informou o mercado de que o BCE lhe mantém para 2023 o mesmo grau de nível nos rácios de capital que lhe exigiu em 2022.
Os rácios exigidos pelo BCE a partir de 1 de janeiro de 2023 são “determinados em função do valor total dos ativos ponderados pelo risco (RWA)”.
Assim o BCE exige o cumprimento do rácio Total em 14% a partir de 1 de janeiro de 2023, assim como mantém o rácio Tier1 em 11,38% e o CET1 em 9,4%.
Segundo o BCP, as almofadas de capital ('buffers') exigidos "incluem a reserva de conservação de fundos próprios (2,5%), a reserva contra cíclica (0%) e a reserva para outras instituições de importância sistémica (O-SII: 1,0%)".
Os três rácios de capital servem para medir e calcular a solidez do banco. O rácio CET1 diz respeito ao capital dos acionistas e o rácio Total tem em conta não só o capital dos acionistas como a dívida emitida pelo banco.
No caso do BCP, o BCE manteve as exigências “no âmbito do Supervisory Review and Evaluation Process (SREP) sobre os requisitos mínimos prudenciais que deverão ser respeitados em base consolidada a partir de 1 de janeiro de 2023”.
Em comunicado o banco liderado por Miguel Maya dá nota de que a 30 de setembro, nas contas não auditadas do terceiro trimestre, o BCP excedia as exigências do supervisor europeu nos três rácios indicados.
Assim, o BCP tinha um rácio total de 15,1%, acima dos 14% exigidos; no rácio Tier 1 tinha 12,3% , acima dos 11,38% e no CET1 foi de 11,4%, acima dos 9,41% exigidos quer para 2022 quer agora para 2023.
Recorde-se que a exigência de cumprimento dos requisitos mínimos prudenciais do BCE são feitas anualmente, e que, no caso da CGD e do BPI, o supervisor europeu baixou as exigências de capital para 2023.
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