O produto interno bruto per capita expresso em paridades de poder de compra ficou em 75,1% da média da União Europeia (UE), uma queda de 1,1 pontos percentuais face a 2020, ano em que tinha sido de 76,2%, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira, 15 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O País ficou em 16.º lugar na zona euro, composta por 19 países, mantendo a mesma posição de 2020, “abaixo de países como Espanha (83,3) Estónia (88,9) ou Lituânia (89,3) e à frente da Letónia (71,9), Eslováquia (69,4), e Grécia (63,8)”. Portugal ficou em 20.º lugar entre os 27 países da União Europeia
Há cada vez mais disparidades entre estados-membros da UE no indicador expresso em paridades de poder de compra, com o Luxemburgo a registar um índice de 268,5, o “mais elevado entre os 36 países incluídos nesta análise, correspondendo a mais de duas vezes e meia a média da UE27 e quase 5 vezes superior ao da Bulgária (57,5), o país da UE com o valor mais baixo”.
Os países que dependiam mais do turismo em 2019 viram uma recuperação menor do PIB per capita medido em paridades de poder de compra, à excepção da Croácia. Segundo o INE, só Espanha foi mais penalizada do que Portugal entre os 27, na comparação entre 2021 e 2019, o último ano pré-pandemia.
Já o indicador de despesa de consumo individual per capita “fixou-se em 83,6% da média da União Europeia, 0,3 p.p. inferior ao observado ano anterior (83,9%), ocupando a 14ª posição na Zona Euro e a 19ª na União Europeia”.
Este indicador “inclui, além das despesas de consumo final das famílias, as transferências sociais em espécie das Administrações Públicas para as famílias, de que são exemplo as comparticipações públicas no preço de medicamentos e outros produtos farmacêuticos” e é "o mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias”, segundo o INE.
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