Economia

Custos de construção crescem 12,5% em outubro

A Alta de Lisboa é a zona da capital onde há mais casas em construção mas, mas, mesmo aqui, a procura supera a oferta e os preços não caem
A Alta de Lisboa é a zona da capital onde há mais casas em construção mas, mas, mesmo aqui, a procura supera a oferta e os preços não caem

Apesar do crescimento homólogo em outubro, índice de custos da construção de habitação desacelera 0,8 pontos percentuais face a setembro, revelou esta sexta-feira o INE

Os custos de construção de habitação nova em outubro deram um ligeiro sinal de abrandamento face ao mês anterior na escalada de preços sentida no mercado desde finais de 2020. Escalada que se agravou a partir de março deste ano, com a invasão da Ucrânia pela Rússia e o disparo dos preços da energia.

O preço dos materiais mais dependentes do consumo de energia, como os produtos cerâmicos, continua a penalizar este indicador.

Os custos de construção de habitação nova aumentaram 12,5% em outubro em termos homólogos, menos 0,8 pontos percentuais (p.p.) que o observado no mês anterior, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, variações homólogas de 17,2% e de 5,9%. O que representa uma desaceleração de 1,3 pontos percentuais no custo dos materiais face ao valor de setembro, enquanto os custos da mão de obra desaceleraram 0,2 pontos.

O INE salienta que entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos dos preços de cerca de 70%. Já o cimento, o betão pronto, o gasóleo, as madeiras e derivados de madeira, as obras de carpintaria, os mármores e produtos de mármore, os aglomerados e ladrilhos de cortiça e o consumo de produtos energéticos apresentaram crescimentos homólogos superiores a 20%.

Em setembro, o índice de custos de construção de habitação nova tinha aumentado 13,3% em termos homólogos, mais 0,7 pontos percentuais que no mês anterior, traduzindo variações homólogas de 18,5% no índice relativo à componente de materiais e de 6,1% no índice relativo à componente de mão-de-obra.


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