Economia

ANA já trabalha em obras de €300 milhões na Portela, para criar mais 10 portas de embarque

ANA já trabalha em obras de €300 milhões na Portela, para criar mais 10 portas de embarque
Ana Baião

O CEO da ANA, Thierry Ligonnière, adiantou que já está em execução a primeira fase de ampliação do aeroporto de Lisboa. O processo “não depende só de nós”, frisou o gestor, lembrando a necessidade de licenças ambientais

Enquanto se espera pelo novo aeroporto de Lisboa, o projeto de melhoria operacional da atual infraestrutura da Portela, que envolve investimentos de 200 a 300 milhões de euros “já está feito, e a avançar”, garantiu Thierry Ligonnière, CEO (presidente executivo) da ANA Aeroportos, no congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre em Ponta Delgada até 11 de dezembro.

O projeto envolve designadamente a criação de mais dez portas de embarque no terminal 1, e “isto vai ser um salto importante no aeroporto de Lisboa”, adiantou o CEO da ANA.

“Portugal foi talvez o melhor país da Europa na recuperação pós-covid”, destacou Thierry Ligonnière, frisando que apesar das limitações do atual aeroporto de Lisboa “estamos a conseguir aumentos de tráfego”.

“Desde 2014, a ANA tem registado crescimento em todos os aeroportos, bastante elevado no de Lisboa, e temos conseguido criar capacidade, ainda há espaço para isso, e ninguém ficou de braços cruzados”, declarou o gestor no congresso da APAVT.

Para quando a conclusão das obras de ampliação na Portela? “Temos a primeira fase já em execução, o que implica um processo de licenciamento ambiental, entre muitas outras coisas”, referiu Thierry Ligonnière, frisando que “o serviço do aeroporto envolve um vasto conjunto de entidades, e se todas as entidades contribuírem para que as coisas corram como prevemos” as obras poderão começar no próximo ano.

“A próxima etapa será o aeroporto de Lisboa”, e a “ANA fará o que o Goveno decidir”, frisou o CEO da ANA. “Somos uma concessionária de serviço público aeroportuário, e quem decide não somos nós, é o Estado português”, lembrou.

Filipe Silva, vogal do conselho diretivo do Turismo de Portugal, realçou que “existe ainda possibilidade para crescer no atual aeroporto de Lisboa”, onde “as operações não estão a 100%”.

Na Portela “existe ainda um diferencial em relação à capacidade plena, e cabe-nos a nós trabalhar para preencher esse remanestente de capacidade aérea”, sustentou o responsável do Turismo de Portugal, lembrando haver também trabalho a fazer para reter por mais tempo “passageiros internacionais que tocam o aeroporto de Lisboa e depois vão para outros pontos”.

“Como isto do novo aeroporto ainda vai demorar, vamos trabalhar a expandir a capacidade com o que as atuais condições nos permitem”, concluiu.

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