A Ocean Winds, empresa detida em partes iguais pela EDP Renováveis e pela Engie, conquistou, numa parceria com o fundo de pensões Canada Pension Plan Investment Board, um projeto eólico offshore de larga escala nos Estados Unidos da América (EUA).
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP revela que o US Bureau of Ocean Energy Management escolheu a proposta da Ocean Winds e daquele fundo de pensões como vencedora para a licitação de uma área marítima de 80.418 acres, o equivalente a 32,5 mil hectares.
Pelos direitos para explorar essa área o consórcio Golden State Winds, que é detido em partes iguais pela Ocean Winds e pelo Canada Pension Plan, irá pagar 150,3 milhões de dólares. Nesta área poderá ser instalada uma capacidade eólica offshore de até 2 gigawatts (GW).
Com este anúncio, a EDP “aumenta a visibilidade do seu crescimento no segmento de eólica offshore, com a capacidade em operação, contratada ou com direitos de ligação à rede atingindo os 16,6 GW, alargando e diversificando assim as opções de crescimento rentável a longo-prazo da EDP, mantendo um perfil de risco equilibrado”, aponta a empresa no comunicado à CMVM.
Este não será o primeiro projeto eólico offshore da EDP nos EUA. Neste mercado, através da Ocean Winds, a elétrica portuguesa já está a desenvolver outros dois parques eólicos marítimos de larga escala, com uma capacidade conjunta de 4 GW, mas ambos na costa Leste, ao largo de Nova Iorque e Nova Jérsia.
Em comunicado, a EDP diz que este novo leilão ganho na Califórnia “é importante por ser o primeiro para projetos eólicos offshore flutuantes no país, e o primeiro para projetos eólicos na costa ocidental dos Estados Unidos”.
Em Portugal a EDP já explora um parque eólico flutuante ao largo de Viana do Castelo, o Windfloat Atlantic, com três torres eólicas e uma capacidade total de 25 megawatts (MW). Também na Escócia a Ocean Winds tem projetos já operacionais e outros em fase de desenvolvimento, entre outras geografias onde o consórcio da EDP e da Engie está presente.
A empresa já admitiu interesse nos leilões eólicos offshore que o Governo português pretende lançar no próximo ano, para vir a instalar no país uma capacidade marítima de 10 GW.
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