Economia

Itália alarga pagamentos em dinheiro vivo e deixa banco central arrepiado

Itália alarga pagamentos em dinheiro vivo e deixa banco central arrepiado
EPA/RICCARDO ANTIMIANI

Giorgia Meloni recusa que a medida fomente a economia paralela e a evasão fiscal. "Uma pessoa que queira fugir aos impostos foge de qualquer maneira”, diz, segundo o Financial Times

O Governo italiano prepara-se para alargar o limite aos pagamentos em dinheiro vivo, desencorajar o pagamentos através de meios digitais e deixou o banco central arrepiado. Em causa está a possibilidade de mais negócios passarem pela economia informal, num país que já regista elevados níveis de evasão fiscal.

A preocupação do Banco de Itália é relatada esta segunda-feira no Financial Times. Segundo o jornal, Fabrizio Balassone, responsável pelo departamento de investigação económica da instituição, foi ao parlamento do país dizer que os atuais limites aos pagamentos em dinheiro “representam um obstáculo a várias formas de criminalidade e evasão fiscal” e que, a intenção do Governo, de introduzir “limites mais elevados ao pagamento em dinheiro favorecem o mercado negro”.

A coligação de direita, liderada pela recém-eleita Giorgia Meloni, quer subir o limite aos pagamentos em numerário dos atuais 1000 euros para os 5 mil euros. A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano prevê ainda que os comerciantes possam recusar os pagamentos digitais até 60 euros.

A primeira ministra italiana recusa que estes novos tetos encorajam a evasão fiscal, argumentando que o são os travões atuais que os incentivam. “Uma pessoa que queira fugir aos impostos foge de qualquer maneira”, disse, segundo o Financial Times.

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