
Com o recurso à revisão de preços vedado, projetistas e consultores perderam este ano entre 5% e 10% dos trabalhadores para os empreiteiros, diz a associação do sector
Com o recurso à revisão de preços vedado, projetistas e consultores perderam este ano entre 5% e 10% dos trabalhadores para os empreiteiros, diz a associação do sector
Sem possibilidade de repercutir o aumento de custos nos preços que praticam e num contexto de falta de mão-de-obra, os projetistas queixam-se de que perderam entre a 5% e 10% dos trabalhadores para empreiteiros desde o princípio do ano. Em causa está a impossibilidade de recorrer às revisões de preços das empreitadas de obras públicas por parte das empresas de projeto e consultoria de engenharia.
“Estamos a perder engenheiros para empreiteiros. Pagam mais e os projetistas não conseguem acompanhar o aumento de salários porque não têm instrumentos contratuais que lhes permitam fazer face à aceleração dos preços e dos salários”, afirma Jorge Nandin de Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores (APPC).
Para o líder da APPC, a pressão sobre a mão-de-obra afeta também os técnicos de fiscalização e coordenação de obras. “Perto de 80% dos custos das empresas de projeto são salários. E há escassez de recursos para executar as obras previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujo primeiro passo são os estudos de projeto de engenharia”, salienta o responsável pela associação que representa 140 empresas e cerca de 4000 trabalhadores.
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