Venda de seguros atingiu 9,8 mil milhões de euros e custos com sinistros 8 mil milhões até outubro
Venda de seguros Vida e não Vida registou queda de 6,5% nos primeiros 10 meses do ano
Venda de seguros Vida e não Vida registou queda de 6,5% nos primeiros 10 meses do ano
A venda de seguros derrapou 6,5% nos primeiros 10 meses do ano face a igual período de 2021, para 9,8 mil milhões de euros, tendo os custos com sinistros totalizado os 8 mil milhões de euros. São os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Para isso concorreu a queda registada na venda de seguros do ramo Vida (poupança), de 16,9% para 4,87 mil milhões de euros, no período em análise.
Já o ramo Não Vida (onde se encontra o seguro obrigatório automóvel, saúde e acidentes de trabalho, entre outros) cresceu 6,7% para 4,97 mil milhões de euros nos primeiros 10 meses do ano face a igual período de 2021.
Os custos com sinistros totalizaram 8 mil milhões de euros, contam os dados da APS, para os quais pesaram os custos do ramo Vida, de 5,2 mil milhões (responsabilidades), e os custos do segmento Não Vida que totalizaram 2,8 mil milhões de euros.
Entre os segmentos de seguros Não Vida, o que registou maior crescimento foi o dos seguros de saúde. Nos primeiros 10 meses do ano as vendas aumentaram 10,8% para mil milhões de euros face a igual período de 2021. Já os custos de sinistros totalizaram os 700 milhões de euros, tendo também crescido 10,5%.
A venda de seguros automóveis cresceu 3,9% para 1,8 mil milhões de euros sendo que os custos com sinistros totalizaram os 1,1 mil milhões, o que correspondeu a uma subida de 12,2%.
Em termos de prémios o automóvel representa 36% do total das vendas do Não Vida e a Saúde representa 20%, seguido dos acidentes de trabalho, com 18% e do incêndio e outros ramos, também com 18%.
Nos primeiros 10 meses do ano os acidentes de trabalho registaram um crescimento de 6,2% para 900 milhões de euros e os custos com sinistros totalizaram os 600 milhões o que representou um subida de 6,4% no período em análise.
O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) , José Galamba de Oliveira na apresentação que fez para assinalar os 40 anos de seguros - 1981 a 2021- deu nota de que apenas o número de seguradoras aumentou. Em 1981 havia 49 empresas de seguros e em 2021 havia 65, embora em 1991, 2001 e 2011 o número fosse superior ao do ano passado.
Em termos de venda de seguros (Vida e Não Vida) o crescimento foi exponencial. Em 1981 foi de 199 milhões de euros, 10 anos depois o volume de prémios ascendeu a 1,76 mil milhões de euros, em 2001 passou para 7,98 mil milhões em 2011 para mais de 11,6 mil milhões de euros e em 2021 totalizou mais de 13,3 mil milhões de euros.
Já no que diz respeito ao número de trabalhadores era de 12.814 em 1981 e passou para 10493 em 2021. Com maior queda estão os mediadores que em 1981 ascendiam a 42212 e em 20221 totalizavam 11932.
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