Economia

BlockFim? Criptofinanceira BlockFi apresenta pedido de insolvência

BlockFim? Criptofinanceira BlockFi apresenta pedido de insolvência
GettyImages/Leafedge

A empresa de criptoativos BlockFi apresentou um pedido de insolvência na segunda-feira. Está exposta através de créditos às falidas FTX e Alameda, de Sam Bankman-Fried

A plataforma de financiamento BlockFi apresentou na segunda-feira o seu pedido de insolvência. É a mais recente vítima do colapso da FTX, perdendo milhares de milhões de dólares por estar exposta através de créditos a empresas de Sam Bankman-Fried.

Segundo a Reuters, que cita o pedido de insolvência apresentado pela empresa num tribunal norte-americano, a BlockFi tinha uma exposição às empresas de Sam Bankman-Fried, incluindo créditos à Alameda, o hedge fund de Sam Bankman-Fried, num total de 275 milhões de dólares (265 milhões de euros) no âmbito de um acordo celebrado em julho.

A BlockFi perdeu também riqueza em criptoativos custodiados pela FTX e por ora perdidos.

A FTX é o segundo maior credor da BlockFi, com a empresa a elencar mais de 100 mil credores.

A BlockFi calcula ter entre mil milhões de dólares (962 milhões de euros ao câmbio) e 10 mil milhões de dólares (9,6 mil milhões de euros) de ativo e passivo, e 256,6 milhões de dólares (247 milhões de euros) em caixa.

Grande parte deste valor do dinheiro em caixa vem de uma operação feita com o propósito de financiar o processo de insolvência: a BlockFi vendeu 238,6 milhões de dólares (230 milhões de euros) em criptoativos no início de novembro.

Uma das medidas na reestruturação da empresa vai ser o despedimento de cerca de 194 dos 292 atuais funcionários da BlockFi.

Segundo a Reuters, a BlockFi anunciou que vai processar igualmente uma empresa de Bankman-Fried para recuperar cerca de 7% da plataforma de corretagem Robinhood, dada como colateral pela FTX à BlockFi no início de novembro.

A indústria de criptoativos foi afetada no seu todo depois da queda desta plataforma, com a liquidez a reduzir-se fortemente num mercado já de si ilíquido e com financeiras relevantes do setor a ponderarem restruturações.

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