O presidente executivo da REN - Redes Energéticas Nacionais, Rodrigo Costa, reiterou esta terça-feira as suas críticas à continuidade da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), que começou a ser cobrada às empresas de energia em Portugal em 2014.
“A CESE é o imposto extraordinário mais recorrente que já vi na minha vida”, desabafou Rodrigo Costa durante a conferência Portugal Energy, promovida em Lisboa esta terça-feira, 29 de novembro, pela Associação Portuguesa de Energia (APE).
Nos primeiros nove meses deste ano a CESE custou à REN 28 milhões de euros, segundo a última apresentação de resultados da gestora das redes de transporte de eletricidade e gás natural.
As principais críticas da REN a este tributo incidem sobre o facto de ele ter para a REN um peso relativo maior, face ao resultado antes de impostos, do que registam outras empresas de energia de maior parte (como a EDP e a Galp).
Rodrigo Costa afirmou que considerando a CESE a carga fiscal da REN é superior à de outras gestoras de redes energéticas na Europa. “A nossa empresa paga o dobro de impostos das empresas dos países que têm custos de redes mais altos”, frisou o presidente executivo da REN.
“O custo das nossas redes é em média 20% mais baixo do que o das redes de países comparáveis, como França, Espanha e Itália”, exemplificou Rodrigo Costa durante a conferência da APE.
Na mesma ocasião o gestor indicou não esperar um grande volume de investimento internacional, já que a REN irá concentrar os seus esforços no exterior no Chile, onde já está presente, a par com a atividade no mercado doméstico. “Em Portugal temos muito trabalho para fazer”, referiu o presidente executivo da REN.
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