A Itália deveria construir quatro terminais de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês) para aumentar a capacidade atual, de forma a compensar o fim das importações de gás russo, defendeu o presidente executivo da Eni esta segunda-feira, 28 de novembro, citado pela Reuters.
Depois do corte com a Rússia na sequência da invasão da Ucrânia em fevereiro, o governo italiano anunciou projetos para a contratação de duas unidades flutuantes, que se somam aos três terminais já existentes, que aumentarão a capacidade de 17 mil milhões de metros cúbicos de gás para 27 mil milhões de metros cúbicos, segundo a Reuters.
Mas não vai ser suficiente. Itália, que tem vindo a assinar contratos de gás com países de África e do Médio Oriente, terá de receber o gás, que virá de barco, em terminais que ainda não existem.
Segundo o líder da energética italiana, Claudio Descalzi, “passámos de ter gás russo a vir de gasodutos a gás que vem em barcos. Atualmente não temos terminais LNG suficientes”, descreveu, acrescentando que o país precisaria de “mais quatro terminais”.
O gás russo abastecia 38% do consumo italiano antes da guerra. Hoje representa 10%, com o presidente da Eni a estimar que signifique entre 6% e 7% em 2023.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes