A CRIAM, startup portuguesa com seis anos de existência, criou um dispositivo portátil que permite identificar o tipo de sangue em três minutos, tendo como objetivo reduzir o tempo de espera dos exames sanguíneos, o dinheiro investido nesses equipamentos e também a dependência face ao tipo de sangue O- (o tipo dos dadores universais, ou seja, que podem dar sangue a qualquer pessoa). Esta semana ganhou um prémio.
De acordo com a nota da empresa, “os exames de sangue convencionais são demorados, requerem laboratórios centralizados, equipamentos caros e volumosos, processos manuais e ineficientes (rotulagem, transporte, armazenamento, etc.) e pessoal experiente”.
O dispositivo criado pela startup com sede em Braga não só identifica o tipo de sangue rapidamente, como é “muito mais barato que os equipamentos habituais” e pode ser usado em qualquer lado, em qualquer cenário, inclusive dentro de uma ambulância ou outro veículo de emergência.
Este projeto valeu à CRIAM o prémio Born from Knowledge (BfK) Awards, que foi atribuído na quarta-feira pela Agência Nacional de Inovação (ANI). “Face ao desenvolvimento atual da medicina e à necessidade de agilizarmos cada vez mais os processos de saúde, recorrendo a menos recursos, prevejo que o projeto vá ter muita aceitação no mercado, que é o nosso principal objetivo”, diz, citado na nota, João Mendes Borga, administrador da ANI.
A empresa estima um mercado potencial de 4 biliões de euros, distribuídos por cerca de 170 mil hospitais e 100 mil ambulâncias. Entre os principais potenciais clientes, a startup destaca os mercados de saúde, militar, governamental e Organizações Não-Governamentais.
Além de Portugal, quer chegar primeiro à União Europeia e depois aos Estados Unidos.
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