

Quando, no início de setembro, foi partilhado nas redes sociais um vídeo mostrando a Europa a gelar sem o gás russo, a União Europeia (UE) enfrentava um dos maiores temores associados à guerra na Ucrânia: um corte no fornecimento de gás poderia levar a um racionamento energético, mergulhando a UE numa crise social e económica. Mas, dois meses e meio depois, a ameaça parece afastada, considera a Comissão Europeia (CE). Porque houve, entretanto, uma evolução que afastou os piores cenários de recessão e abriu a porta a um desempenho económico melhor do que o anteriormente esperado. Economistas ouvidos pelo Expresso apontam no mesmo sentido, ainda que a cautela impere.
“Elevadas reservas, uma redução da procura induzida por medidas de política e pelos preços, suportadas por temperaturas amenas registadas na Europa até agora, reduziram as pressões nos preços de retalho da energia nas últimas semanas e devem assegurar que a Europa consegue gerir o inverno que aí vem sem disrupções nos abastecimentos de gás.” Quem o diz é a CE, no documento das projeções económicas de outono, publicado há duas semanas.
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