Numa altura de fortes subidas dos preços da energia, as energias renováveis estão com maiores encaixes, apesar de não dependerem de matérias-primas fósseis, como o gás, o carvão, ou o crude, para gerarem eletricidade. A Alemanha quer, por isso, implementar um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas geradoras de energia que estará em vigor pelo menos nos próximos dez meses, segundo notícia da Bloomberg desta quinta-feira, 24 de novembro.
A receita, estimada na ordem das dezenas de milhares de milhões de euros, reverterá para financiar pacotes de apoio ao poder de compra dos cidadãos, como o anunciado em novembro, de 54 mil milhões de euros.
Esse imposto terá um impacto maior junto das empresas que não necessitam de combustíveis fósseis, os maiores impulsionadores do preço da eletricidade, para produzir.
Segundo a agência, os lucros acima dos 130 euros por megawatt hora (MWh) na geração de energia solar, eólica e nuclear serão taxados a 90%.
Nas centrais a lenhite, os lucros serão taxados a partir dos 52 euros por MWh, ao passo que nas centrais a petróleo, o imposto extraordinário começa nos 28 euros por MWh.
A medida, se aprovada, terá efeitos retroativos a partir de setembro de 2022 e termina em junho de 2023, com possibilidade de prolongamento até ao final de 2024, segundo a Bloomberg.
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