Economia

Tráfego postal em Portugal cai 3,2% no terceiro trimestre

Tráfego postal em Portugal cai 3,2% no terceiro trimestre
getty images

O tráfego postal recuou 3,2% no terceiro trimestre, um período em que as encomendas representaram 12,9% do tráfego mas 42,6% das receitas, de acordo com a Anacom

No terceiro trimestre de 2022, o tráfego postal em Portugal caiu 3,2% face ao período homólogo para os 133 milhões de objetos em circulação, segundo as estatísticas da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgadas esta quarta-feira, 23 de novembro.

Segundo o regulador, “a dinâmica recente tem sido influenciada pelos efeitos da pandemia de Covid-19, que gerou uma significativa contração do tráfego”, mas a Anacom indica que a pandemia teve no terceiro trimestre de 2022 um “impacto menos severo do que o ocorrido no terceiro trimestre de 2021”.

Registou-se um reforço do tráfego de publicidade endereçada (+15,5%) e de encomendas (+7%), ao passo que o de correspondências e o de correio editorial caiu 6% e 4,9%, respetivamente.

A maioria do tráfego postal (73%) disse respeito às correspondências, com as encomendas a reforçarem o seu peso em 1,2 pontos percentuais face ao trimestre homólogo para os 12,9%. A quota do correio editorial e da publicidade foi de 7,3% e 6,8%, respetivamente.

Nas receitas, as encomendas tiveram um peso relativo de 42,6%, uma queda de 0,4 pontos percentuais face ao período homólogo.

No que toca ao serviço universal - cujo tráfego caiu 5,5% e cujas receitas cresceram 0,3% -, os serviços postais realizados neste âmbito “foram responsáveis por cerca de 80,3% do tráfego e 48,7% das receitas”

No que toca a prestadores, o grupo CTT dispunha de uma quota de cerca de 85,2% do tráfego postal, mais 0,7 pontos percentuais do que no 3.º trimestre de 2021”, com uma quota de tráfego no âmbito do serviço universal de 90,4% e de encomendas de 48%.

Número de trabalhadores postais cai 1,6%

No terceiro trimestre, o número de trabalhadores nos serviços postais caiu 1,6% face ao período homólogo para os 14,9 mil, uma queda que se deveu “sobretudo à evolução do número de trabalhadores do grupo CTT (-3%)”.

“A proporção de trabalhadores do grupo CTT atingiu no final do período 72,1% do total (-1,1 p.p. do que no trimestre homólogo). Em sentido oposto, o número de trabalhadores dos prestadores alternativos aumentou 2,3%”, detalha o regulador.

Relativamente a centros de contacto com o cliente, “o número de pontos de acesso (+6,8%) aumentou, enquanto o número de centros de distribuição (-5,9%) diminuiu”, segundo o comunicado da Anacom.

O incumbente CTT aumentou o número das suas estações de correio em 0,2%, “mantendo-se a tendência de crescimento que se iniciou em 2019, enquanto o número de postos de correio aumentou igualmente 0,2%”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas