Economia

Desemprego registado aumenta há três meses. Em outubro havia 289 mil inscritos nos centros de emprego

Desemprego registado aumenta há três meses. Em outubro havia 289 mil inscritos nos centros de emprego
marcos borga

Número de desempregados registados nos centros de emprego nacional aumentou no último mês 0,7%. Mas na comparação com outubro do ano passado recua 17,8%

É o terceiro mês consecutivo em que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumenta. A agravar-se desde agosto, o desemprego registado no país - medido pelo número de inscritos nos serviços públicos de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) - abrangia no final de outubro 289.125 pessoas. Trata-se de uma subida de 0,7% (+1.885) em cadeia, ou seja face a setembro, e uma redução de 17,8% (-62.542) face ao mesmo mês do ano passado, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo IEFP.

A nota que acompanha a síntese estatística do IEFP relaciona a diminuição homóloga do desemprego, com a redução do desemprego no “grupo dos indivíduos que procuram novo emprego (-58.142), dos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-55.523) e os inscritos há 12 meses ou ais (-53.373)”.

Os dados conhecidos esta segunda-feira realçam que, a nível regional, no mês de outubro, o desemprego registado diminuiu, em termos homólogos, em todas as regiões, com destaque para a região autónoma da Madeira (-35,4%) e da região do Algarve (-35,2%).

Por sua vez, na comparação em cadeia, face a setembro deste ano, as várias regiões do país dividiram-se entre decréscimos e acréscimos no desemprego. A maior variação positiva foi na região do Algarve, onde o número de desempregados inscritos nos centros de emprego locais agravou-se em 20,7%. Em sentido inverso, Lisboa e Vale do Tejo foi a região onde o desemprego mais recuou, contabilizando menos 0,9% de inscritos.

Trabalhadores não qualificados lideram desemprego registado

A análise ao universo dos desempregados inscritos nos centros de emprego do continente mostra que foi no grupo dos “trabalhadores não qualificados“ que o desemprego mais aumentou (25,9%), seguindo-se os ”trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção, segurança e vendedores” (20,0%), os "especialistas das atividades intelectuais e científicas"(11,7%) e o "pessoal administrativo"(11,6%). Relativamente ao mês homólogo de 2021, “todos os grupos apresentaram diminuições nas variações homólogas", sinaliza o IEFP.

Olhando para a atividade económica de origem dos desempregados, os indicadores mostram que dos 244.634 inscritos como candidatos a emprego, 72,5% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”, que representam 31,1% do total. O sector secundário responde por 19,8% do desemprego registado, com destaque para a “construção”(6,4%). Ao sector “agrícola” pertenciam 4,8% dos desempregados.

Ao longo do mês de outubro inscreveram-se, nos serviços de emprego do IEFP, 50.580 desempregados, número que traduz uma variação homóloga de 14,5% (+6.412 pessoas) e uma redução em cadeia de 12,3%. Já as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês de outubro totalizaram 9.529, menos 26,1% (-3.360) face a outubro de 2021 e menos 22,6% (-2.785) face a setembro deste ano.

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