A greve realizada na fábrica da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, ontem e hoje, sexta-feira, sob a forma de duas horas de paralisação em cada turno, registou, segundo a administração da empresa, uma adesão de 37% do total dos colaboradores.
Em comunicado, a empresa germânica nota ainda que, apesar das paragens, esta unidade industrial “conseguiu cumprir o volume de produção planeado para estes dias”.
Na origem desta paralisação laboral está o facto de os trabalhadores não concordarem com o prémio único de 400 euros por trabalhador, que a empresa se propunha atribuir para ajudar a compensar a perda do poder de compra, devido à elevada taxa de inflação. A Comissão de Trabalhadores (CT) contrapôs com a exigência de um aumento salarial de 5%, em 2023, para além do prémio e, alguns dias depois, perante a ameaça de greve, a administração acedeu em voltar ao diálogo.
Perante esse facto, a CT da Autoeuropa notificou, no passado dia 16 de novembro, que o Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL), afeto à UGT, retirou o pré-aviso de greve, mas o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul,) – afeto à CGTP - e o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Automóvel (STASA,), mantiveram a intenção de levar a cabo a paragem laboral.
A administração da Autoeuropa, a maior empresa do sector automóvel em Portugal, que emprega cerca de 5200 pessoas, explica, na nota de imprensa agora divulgada que, “tal como comunicado no passado dia 15 de novembro, a empresa continua empenhada em ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores, de modo a colmatar as dificuldades económicas atualmente sentidas por via do aumento generalizado da inflação”.
Na mesma nota a administração da empresa de Palmela indica que “para atingir este objetivo, está prevista para dia25 deste mês uma reunião com a comissão de trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa , onde serão discutidas medidas salariais adicionais”.
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