Economia

Banca e seguros lideram queda nos salários desde 2015

17 novembro 2022 23:00

Carlos Esteves

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

luís barra

Remuneração mensal média aumentou 5,7% em termos reais em sete anos. Mas há grandes assimetrias entre as várias atividades económicas e os sectores público e privado

17 novembro 2022 23:00

Carlos Esteves

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

Depois dos sacrifícios da troika, os anos desde 2015 foram de recuperação da economia portuguesa e do mercado de trabalho. Mas não foi isso que sentiram os trabalhadores das atividades financeiras e de seguros, que perderam um quarto do seu poder de compra mensal no espaço de sete anos. Desde 2015, a remuneração bruta total média por trabalhador neste sector caiu 22,7% em termos reais. É a maior queda entre todas as atividades económicas no país, indicam os dados solicitados pelo Expresso ao Instituto Nacional de Estatística (INE). Por contraponto, há sectores com crescimentos acima dos 20%. A informação do INE mostra uma elevada assimetria na evolução dos salários entre áreas de atividade, dimensão das empresas e sectores público e privado.

O salário médio bruto mensal cresceu, em termos acumulados, 22% em Portugal, entre o primeiro trimestre de 2015 e o terceiro trimestre de 2022, indicam os dados do INE, que abrangem 4,5 milhões de postos de trabalho, no sector privado (Segurança Social) e no público (Caixa Geral de Aposentações). Só que, em termos reais — considerando o impacto da inflação para avaliar a evolução do poder de compra —, o aumento ficou pelos 5,7%. É menos de 1% ao ano neste período, que corresponde, grosso modo, à governação de António Costa. Números que ajudam a compreender o foco do Executivo em assinar um acordo na concertação social para dinamizar os salários e a competitividade na economia.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.