O banco norte-americano Goldman Sachs pagou mais de 12 milhões de dólares a uma executiva que se queixou internamente sobre a toxicidade do local de trabalho para as mulheres nos cargos mais elevados, noticia a “Bloomberg”.
O banco estabeleceu um acordo com a sócia cessante, há dois anos, acordo esse que manteve em segredo o seu relato de altos executivos a fazer comentários depreciativos sobre as mulheres. Na lista encontra-se, alegadamente, o presidente executivo (CEO) David Salomon.
Este pagamento é dos maiores alguma vez já feitos em Wall Street, segundo a agência financeira.
A queixa da executiva alegava que o CEO se vangloriou, numa reunião com colegas homens, de atos sexuais. No entanto, o CEO não foi o foco principal da queixa, mas sim uma forma de ilustrar o que se passava dentro da empresa.
Mais precisamente, a queixa focava-se em disparidades salariais entre géneros e nas observações feitas, pelos homens, de forma geral.
A queixa diz respeito a incidentes que aconteceram entre 2018 e 2019, após David Solomon ter tomado posse (2018) e ter anunciado que iria esforçar-se para melhorar a diversidade no banco de investimento.
Kathy Ruemler, conselheira geral da empresa, respondeu, dizendo que a história da “Bloomberg” estava errada e que “qualquer pessoa que trabalha com David conhece o seu respeito pelas mulheres, e o seu longo historial de criar um ambiente inclusivo e de apoio às mulheres”.
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