As perspetivas económicas globais estão “mais sombrias” do que o previsto há um mês, disse um economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), numa publicação no blog da instituição.
Tryggvi Gudmundsson, economista do FMI, escreveu que “os indicadores recentes confirmam que as perspectivas são mais sombrias”.
São vários os fatores citados pelo especialista: a invasão russa da Ucrânia, aumentos das taxas de juro para conter a inflação e efeitos da pandemia que persistem, como confinamentos na China e interrupções nas cadeias de abastecimento.
Já no mês passado o FMI tinha reduzido a sua previsão de crescimento global de 2,9% para 2,7%.
Apesar de o terceiro trimestre ter “surpreendido pela positiva” no que diz respeito ao crescimento do PIB (produto interno bruto) em algumas das principais economias,"as divulgações do PMI [indicador que mede a atividade das empresas de vários setores] de outubro apontam para uma fraqueza no quarto trimestre, particularmente na Europa". E na China os confinamentos intermitentes, assim como as dificuldades do setor imobiliário, não ajudam o cenário macroeconómico do país.
Ainda assim, o especialista apela a que se continue a conter a inflação. Porém, alerta que o “aperto orçamental e monetário” vai continuar a pesar na evolução do crescimento económico.
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