“A regulamentação do alargamento das creches gratuitas ao sector privado, sempre que não exista resposta no sector social, estará concluída até novembro, para entrar em vigor em janeiro do próximo ano”, garante Ana Mendes Godinho. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que está esta sexta-feira a ser ouvida no Parlamento, no âmbito da proposta de Orçamento do Estado 2023 (OE2023), respondia à questão da deputada social democrata, Clara Marques Mendes, sobre a regulamentação do alargamento do regime de gratuitidade das creches ao sector privado.
Desde setembro deste ano que as creches do setor social e solidário são gratuitas para as crianças nascidas a partir de 1 de setembro de 2021. O mecanismo criado pelo Governo, acompanhará a criança durante os anos em que frequentar a creche, cobrindo todas as despesas com as atividades e serviços habitualmente prestados, e a sua abrangência será progressivamente alargada até 2024, ano em que todas as crianças dos três anos de creche estarão abrangidas, independentemente dos rendimentos das famílias.
Segundo a ministra, “a medida já abrangia 43 mil crianças em outubro. O objetivo é que chegue a 70 mil crianças em 2023 e 100 mil crianças em 2024”. Em resposta, Clara Marques Mendes relembrou
todas as crianças que ficaram excluídas da medida por falta de capacidade do sector social, questionando quando será concretizado o alargamento ao sector privado e se terá efeitos retroativos a setembro de 2022.
Fugindo a uma resposta concreta em relação à retroatividade, Ana Mendes Godinho, limitou-se a destacar a relevância da medida que diz ser “uma ferramenta importante para o rendimento das famílias, decisiva para a promoção da igualdade das mulheres no mercado de trabalho e determinante para o combate à pobreza”.
Contudo, admite que a medida “está ser implementada de forma faseada, porque implica um enorme investimento e porque a prioridade é sempre apoiar as famílias em risco primeiro”. A ministra destacou ainda que a rede de creches protocolada com a economia social “tem atualmente 80 mil lugares”. A estratégia do Executivo, realça, passa por largar esta rede.
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