Economia

Comprou-se mais (e mais caro) na Web Summit deste ano, mas os portugueses tiveram menos peso

Comprou-se mais (e mais caro) na Web Summit deste ano, mas os portugueses tiveram menos peso
NUNO BOTELHO

Os dados revelados pela SIBS sobre os pagamentos na Web Summit mostram que os portugueses tiveram menos peso nas compras na edição deste ano. Britânicos continuam a ser os estrangeiros que mais compras fazem

Comprou-se mais (e mais caro) na Web Summit deste ano, mas os portugueses tiveram menos peso

Diogo Cavaleiro

Jornalista

A Web Summit contou, na edição deste ano, com representantes de 120 nacionalidades, mais 20 do que há um ano, a realizarem mais compras e a gastarem mais. Uma evolução para na qual os portugueses perderam peso. Este é o resumo divulgado esta terça-feira, 8 de novembro, extraído da base de dados da SIBS, que foi parceira neste evento, que teve lugar a semana passada.

Portugal é “um país sexy e apetitoso” para os estrangeiros, disse na feira a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e foram eles que voltaram a mandar no evento de tecnologia que se realizou em Lisboa de 1 a 4 de novembro.

Foram cartões detidos por cidadãos de 120 nacionalidades a consumirem no evento (tinham sido 100 há um ano), segundo a SIBS Analytics – que têm por base o país de emissão do cartão. A organização do evento contabilizou 71 mil pessoas a virem de 160 países.

Um total de 80,1% das compras no recinto foram realizadas por estrangeiros, deixando uma quota de 19,9% para os portugueses. No ano passado, o peso nacional era maior: chegava aos 26,3%. Uma quebra num ano em que a inflação disparou.

A quota nacional das compras eletrónicas não está já muito distante da nacionalidade estrangeira com maior proporção: 10,5% para os britânicos. Esta é a mesma percentagem para os britânicos do ano passado, mas se há um ano havia 15 pontos de distância dos portugueses, agora há menos de 10 pontos.

Alemães (7,8%), brasileiros (5,5%), americanos (4,9%) e ucranianos (4,3%) foram as nacionalidades estrangeiras que mais peso tiveram nas compras feitas. Os cidadãos dos EUA entram agora nesta lista, onde não estavam no ano passado, saindo de lá os polacos.

Mais 40% de operações

O volume de compras feitas no recinto da feita de tecnologia também cresceu, num ritmo de 40%: passaram de 59 mil aquisições para 84 mil este ano.

Num ano de inflação a aproximar-se dos 10%, o gasto (ticket) médio atingiu os 12,25 euros, o que representa uma subida de 18% em relação aos 10,33 euros gastos na edição do ano passado.

Os dados que a SIBS revelou mostram que as compras e levantamentos no distrito de Lisboa também registaram uma subida na semana em que se realizou a Web Summit, sendo que podem aqui estar incluídos outros motivos (como turismo) para essa comparação.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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