No terceiro trimestre de 2022, período que corresponde aos meses de verão (julho, agosto e setembro), as dormidas em alojamentos turísticos em Portugal cresceram 48,8% face ao mesmo período do ano passado e aumentaram 2,9% face ao mesmo período de 2019 - último período antes da pandemia. Estes números, divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam o que já se esperava deste verão: uma temporada recorde para o turismo em Portugal.
Nestes três meses, as dormidas de portugueses caíram 3,6% face ao mesmo período em 2021, mas cresceram 10,8% em relação a 2019. Já as dormidas de não residentes cresceram 108,3% face ao ano passado, mas ficaram ainda 0,8% aquém do verão de 2019.
Só em setembro, o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, ou seja, mais 41,3% e 37,4%, respetivamente face ao mesmo mês de 2021. “Face a setembro de 2019, registaram-se aumentos de 0,2% e 0,7%, respetivamente”, indica o gabinete estatístico.
No último mês do terceiro trimestre, "o mercado interno contribuiu com 2,4 milhões de dormidas (-3,1%) e os mercados externos totalizaram 5,2 milhões (+70,7%). Em relação a 2019, as dormidas de residentes em setembro cresceram 10% e as de não residentes caíram 3,2%.
“No conjunto dos primeiros nove meses de 2022, as dormidas aumentaram 113% (mais 27,3% nos residentes e mais 222,3% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 2,4%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-7%), dado que as de residentes cresceram 8%”, indica o INE.
De onde vêm os turistas e para onde vão?
Em setembro, o mercado britânico continuou em destaque, correspondendo a 21,1% do total das dormidas de não residentes em Portugal, ainda que esteja 3,2% abaixo de setembro de 2019.
Por outro lado, o INE destaca também o mercado norte-americano (8,7% do total) que registou um crescimento de 38,2% em setembro, quando
comparado com o mesmo mês de 2019. Destaque também para o aumento do mercado checo (30,3%).
No mês em análise, “registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões”, sendo que o Algarve concentrou 30,4% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (24,5%) e o Norte (16,2%).
Face a setembro de 2019, apenas o Algarve e o Centro registaram decréscimos nas dormidas (menos 9,2% e 3,3%, respetivamente). Em sentido inverso, os maiores aumentos ocorreram na Madeira (17%), seguida do Norte (8,7%) e Açores (+8,2%).
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