28 outubro 2022 10:46
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Trabalhadores muito qualificados e em empresas pequenas são mais penalizados, indica estudo do BCE com base em dados para Portugal
28 outubro 2022 10:46
As famílias portuguesas com crédito à habitação, que têm visto a prestação mensal ao banco disparar, não são as únicas vítimas colaterais do aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) para travar a inflação. Um estudo publicado este mês no blogue do BCE assinala que as decisões de Frankfurt têm efeitos secundários sobre os mercados de trabalho, nomeadamente sobre os salários. E em tempos de subida dos juros são mais penalizados os trabalhadores com formação superior, bem como aqueles que trabalham em empresas pequenas e jovens.
O artigo “Which workers are most affected by changes in the policy rate?”, assinado por Martina Jasova, Caterina Mendicino e Dominik Supera, analisa dados para Portugal (dos Quadros de Pessoal, a base do Ministério do Trabalho que relaciona trabalhadores e empregadores, e da Central de Responsabilidades de Crédito, com informação sobre empréstimos às empresas das instituições de crédito supervisionadas pelo Banco de Portugal) para “perceber como cortes e aumentos nas taxas de juro afetam o mercado de trabalho”.