Grupo Eni quadruplica lucro até setembro para 10.808 milhões de euros
A energética Eni ganhou 10.808 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 311% que no período homólogo. Os investimentos alcançaram os 5648 milhões de euros no período
A empresa energética italiana Eni indicou que ganhou 10.808 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, correspondendo a um aumento de 311%, quatro vezes mais do que em igual período do ano passado.
Em relação ao terceiro trimestre de 2021, o lucro ajustado foi de 3370 milhões de euros, com um aumento de 161%, em comparação com os 1431 milhões de janeiro a setembro de 2021.
Nos nove meses do ano, o resultado operacional ajustado foi de 16.804 milhões, correspondendo a 187% mais do que em relação aos 5858 milhões de euros - no mesmo período - do ano passado.
Os investimentos alcançaram os 5648 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2022, 35% mais do que em igual período do ano anterior, sendo que à data de 30 de setembro o grupo tinha um endividamento (valor bruto) de 6444 milhões, reduzindo em 43% os 11.309 do ano anterior.
O presidente do Conselho de Administração da Eni, Claudio Descalzi, disse através de um comunicado que, em comparação com o resultado bruto consolidado da empresa nos nove meses de 2022 (equivalente a 13.260 milhões), "as atividades em Itália registaram perdas (valores brutos) de cerca de mil milhões principalmente por causa do imposto extraordinário aplicado ao setor da energia".
Descalzi acrescentou que "num contexto de grande volatilidade e incerteza em relação aos mercados", a companhia continuou "a assegurar o abastecimento de energia, crucial para a economia sendo que - ao mesmo tempo - mantém o caminho da descarbonização".
O mesmo responsável disse ainda que, atualmente, podem-se substituir "50% dos fluxos de gás russo aproveitando a carteira de reservas e através de acordos de longo prazo com países produtores", referindo também as participações no negócio de GNL (Gás Natural Liquefeito).
Claudio Descalzi recordou, nesse sentido, os acordos que foram estabelecidos com a Argélia sobre a exportação de gás.
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