Se não houver alteração da proposta de Acordo de Empresa feita pela TAP para os pilotos da Portugália vai haver luta, afirma o SIPLA – Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas, que esta segunda-feira decidiu suspender as negociações em Assembleia Geral de sócios.
"A base negocial do Acordo de Empresa terá de ser a proposta pelo SIPLA e enviada em maio à Portugália", foi ainda definido na Assembleia Geral, disse ao Expresso, o vice-presidente do sindicato, André Marques.
Com um corte na remuneração de 25% até ao final de 2024, e já com um salário base mais baixo que o dos pilotos da TAP, o SIPLA convocou para esta segunda-feira uma Assembleia Geral Extraordinária, onde foi traçada uma linha vermelha. Se as suas reivindicações do SIPLA não forem satisfeitas, os pilotos da Portugália vão avançar para uma greve.
O SIPLA "discorda em absoluto" dos termos da proposta feita pela Portugália, ainda na alçada da TAP SGPS, para o novo acordo de empresa, os quais considera "inaceitáveis" e "insultuosas", salientou André Marques. A remuneração de entrada que está a ser proposta para os pilotos da Portugália, por exemplo, é inferior à dos maquinistas da CP, algo que o SIPLA considera incompreensível.
A pressão para que o acordo de empresa seja fechado o mais rapidamente possível, por parte da TAP, é grande. A companhia colocou como data limite para a sua assinatura março do próximo ano.
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