Economia

Philips despede 4000 trabalhadores para compensar perdas provocadas por falha em aparelho respiratório

Foto: Philips
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A Philips quer despedir 5% dos quadros, cerca de 4000 funcionários. A empresa justifica a medida com o impacto negativo nas contas de problemas num modelo de aparelho respiratório

A Royal Philips anunciou que vai despedir cerca de 4000 funcionários, 5% do quadro de pessoal, justificando a medida com o impacto negativo de processos judiciais relativos à venda de aparelhos respiratórios para doentes com apneia com espuma tóxica para os pacientes.

De acordo com o Financial Times desta segunda-feira, 24 de outubro, a empresa neerlandesa, que vendeu em 2021 a sua unidade de electrodomésticos e de produtos de consumo para se focar no segmento de aparelhos eletrónicos para a área da saúde, pretende poupar cerca de 300 milhões de euros por ano com os despedimentos.

Esta é uma das primeiras decisões do novo presidente executivo da Philips, Roy Jakobs, que assumiu o cargo este mês depois de o caso ter levado à saída do anterior presidente executivo, Frans van Houten.

A Philips foi obrigada a refletir nas contas do terceiro trimestre o impacto negativo de 1,3 mil milhões de euros depois de ter detetado que a espuma utilizada num dos aparelhos respiratórios era degradável, podendo levar a que os utilizadores inalassem substâncias tóxicas. O prejuízo trimestral da empresa rondou igualmente os 1,3 mil milhões de euros.

Mais de 5 milhões de aparelhos foram recolhidos, segundo o FT, e a empresa viu-se envolvida em processos judiciais de pacientes e a ser investigada pela justiça norte-americana.

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