Economia

Galp e EDP entre as empresas que vão aconselhar a Comissão Europeia sobre a compra conjunta de gás

Galp e EDP entre as empresas que vão aconselhar a Comissão Europeia sobre a compra conjunta de gás
Phil Noble/Reuters

A Comissão Europeia constituiu um grupo de aconselhamento para preparar o desenho da futura central de compras de gás. O painel de peritos junta 31 elementos. Entre eles estarão representantes da Galp e da EDP

A Galp e a EDP estão representadas no painel de especialistas que vão ajudar a Comissão Europeia a desenhar uma plataforma para compras conjuntas de gás natural. Esse painel terá a sua primeira reunião esta quarta-feira, 26 de outubro. O encontro decorrerá em Bruxelas.

De acordo com o registo de transparência da Comissão Europeia, o painel de especialistas que aconselhará Bruxelas sobre esta plataforma de compras de gás conta com 31 membros. Em representação da Galp estará neste painel Diogo Melo Franco, que há mais de uma década trabalha na compra e venda de gás natural liquefeito (GNL). Pela EDP participa Ana Teixeira Pinto, diretora de trading de matérias-primas na unidade de gestão de energia do grupo EDP.

Esta plataforma de aconselhamento inclui ainda representantes de algumas das maiores empresas europeias de energia, como a BP, Enel, Engie, Repsol, E.On, Shell, TotalEnergies, entre outras. Também participa no painel o grupo Vitol, uma das referências globais no comércio de matérias-primas. A alemã Uniper, recentemente nacionalizada, irá igualmente contribuir.

O objetivo deste painel de peritos é ajudar a Comissão Europeia a desenhar uma plataforma conjunta de compras de gás ajustada às necessidades do mercado europeu e dos diversos atores no negócio de compra e venda de gás, desde as elétricas às petrolíferas, passando pela indústria química, por exemplo.

A nova plataforma fará a agregação da procura ao nível europeu, considerando as necessidades de gás dos vários países e procurando as ofertas disponíveis no mercado para suprir essa procura.

A Comissão Europeia propôs aos Estados-membros a obrigação de recorrerem a essa central de compras para preencher pelo menos 15% das suas necessidades de armazenamento de gás. Mas os países poderão também formar consórcios para compras conjuntas através da plataforma para aquisições adicionais de gás.

Esta plataforma é vista como uma forma de ajudar os Estados-membros de menor dimensão a beneficiar do acesso a preços mais vantajosos, tirando partido do efeito de escala da procura conjunta. Se a proposta da Comissão for em frente, Bruxelas terá de ser informada previamente sempre que a plataforma concretize uma compra de gás superior a 5 terawatt hora (TWh), o equivalente a 500 milhões de metros cúbicos (aproximadamente um décimo do consumo anual de Portugal).

O conjunto de propostas feitas pela Comissão para ajudar a Europa a resolver o seu aprovisionamento de gás e preparar o inverno do próximo ano voltará a ser analisado em Bruxelas esta terça-feira, 25 de outubro, na reunião do Conselho Europeu que junta os ministros com a pasta da energia.

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