Inflação no Japão sobe em setembro para valor maior alto desde 2014
A inflação homóloga atingiu 3% em setembro no Japão, disparando devido ao preço das matérias-primas e da queda do iene face ao dólar. Este é o valor mais elevado desde 2014
A inflação homóloga atingiu 3% em setembro no Japão, o valor mais elevado desde 2014, sobretudo devido à subida dos preços das matérias-primas e à depreciação do iene face ao dólar, anunciaram esta sexta-feira, 21 de outubro, as autoridades.
O índice de preços ao consumidor, que exclui os preços dos alimentos devido à sua volatilidade, subiu pelo 13.º mês consecutivo, segundo dados divulgados pelo Ministério do Interior e Comunicações japonês.
Setembro foi ainda o sexto mês consecutivo em que a inflação homóloga ficou acima da meta de 2% estabelecida pelo Banco do Japão (BoJ).
Após anos em que a tendência foi de queda dos preços, o banco central nipónico tem mantido as taxas de juro próximas de zero para estabilizar os preços ao consumidor.
No entanto, o aumento do custo das matérias-primas e dos hidrocarbonetos, especialmente do petróleo bruto e do gás natural que o Japão tem de importar em grandes quantidades, estão a contribuir significativamente para a subida da inflação.
Além disso, a moeda japonesa continua a cair face ao dólar norte-americano, tendo atingido na quinta-feira, pela primeira vez desde 1990, a simbólica marca dos 150 ienes.
O iene perdeu mais de 30% do valor em relação ao dólar desde o início do ano.
O BOJ vai reunir-se na próxima semana para discutir a política monetária do país, embora analistas acreditem que o regulador irá manterá as taxas de juro ultrabaixas, por considerar que a atual inflação não é estrutural.
A subida dos preços ao consumidor no Japão permanece muito abaixo dos níveis observados nos Estados Unidos e na Europa e deverá recuar já em 2023, de acordo com o banco central nipónico.
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