Economia

Custo da dívida pública portuguesa quase triplicou no espaço de dois anos

Custo da dívida pública portuguesa quase triplicou no espaço de dois anos
Dado Ruvic

O custo médio das novas colocações de dívida pública portuguesa subiu para 1,4% no final de setembro, segundo o relatório mensal do IGCP publicado esta sexta-feira. Em 2020 foi de 0,5% e em 2021 de 0,6%

O custo médio de emissão de nova dívida pública pelo Tesouro português subiu para 1,4% no final de setembro, avançou esta sexta-feira a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) no seu relatório mensal.

Este juro médio calculado pelo IGCP é agora quase o triplo do registado em 2020. O custo médio das novas emissões caiu a pique de 1,8% em 2018 para 0,5% em 2020. Depois, a trajetória inverteu-se, subindo para 0,6% em 2021 e agora 1,4% (até final de setembro).

As emissões de dívida pública têm ficado cada vez mais caras à medida que o Banco Central Europeu descontinuou os programas de aquisição de títulos e iniciou um ciclo de subida das taxas diretoras.

Na mais recente emissão de dívida de muito curto prazo, já em outubro, o juro pago na colocação do Bilhete do Tesouro (BT) com prazo a 11 meses, já foi de 2,104%. Este nível de juros pago nesta mais recente operação alterou o custo médio anual dos BT, que passou de negativo para positivo.

Segundo o IGCP, a dívida direta do Estado (que não coincide com a dívida publicada pelo Banco de Portugal) no final de setembro somava 279,9 mil milhões de euros, mais 1,4 mil milhões do que no final do ano passado. O aumento em relação a agosto foi de 134 milhões.

O grosso da dívida portuguesa emitida é colocado através de obrigações do Tesouro. No final de setembro, a dívida em OT somava 165,2 mil milhões, quase 11 mil milhões mais do que no final de 2021.

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