Economia

Juros no crédito à habitação subiram em setembro para o valor mais alto desde 2016

Juros no crédito à habitação subiram em setembro para o valor mais alto desde 2016
João Carlos Santos

Em setembro, os juros para compra de casa em Portugal subiram para 1,144%. O capital médio em dívida dos contratos celebrados nos últimos três meses subiu 2780 euros, o maior aumento desde janeiro

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal subiu para 1,144% em setembro (contra 1,011% em agosto), segundo mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quinta-feira. Desde abril que esta taxa não para de subir.

Analisando apenas os contratos celebrados nos últimos três meses o aumento é mais acentuado. Neste caso, a taxa de juro subiu de 1,523% para 1,775%.

A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Mas se olharmos apenas para o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação” segundo o INE, "a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,160% (mais 13,3 pontos base face a agosto)", sendo que nos contratos celebrados nos últimos 3 meses para aquisição a taxa de juro subiu 24,7 pontos base, para 1,775%.

Apesar de a aquisição ser a categoria mais relevante, os juros subiram também nos contratos para construção e reabilitação das casas, para 0,966% e 1,318%, respetivamente.

A prestação média subiu para 272 euros, mais quatro euros que no mês anterior. Mais uma vez, o valor total da prestação subiu, mas o valor do capital amortizado é agora menor, pois desceu de 217 para 214 euros. Já o valor correspondente ao pagamento dos juros subiu de 51 para 58 euros.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu para 471 euros (mais 26 euros), dos quais 193 para pagamento dos juros (mais 30 euros).

O INE indica ainda que, em setembro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 339 euros, fixando-se em 61.089 euros. E nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio do capital em dívida foi 130.872 euros, mais 2780 euros que em agosto, e a maior subida desde janeiro (3009 euros).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt

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