Esta semana, seis investidores da Volkswagen abriram um processo contra a fabricante de automóveis alemã por ter sido recusado, na assembleia geral anual, debater se as atividades de lóbi da empresa podem ameaçar os seus investimentos.
Segundo noticia a “Reuters”, os investidores - os fundos de pensões públicos suecos AP7, AP2, AP3, AP4, o dinamarquês AkademikerPension e o Conselho de Pensões da Igreja da Inglaterra - alegam que o lóbi da Volkswagen, através da sua participação em associações do setor contraria a sua mensagem pública sobre a importância da transição ecológica.
Tal expõe a empresa e os seus investimentos a danos operacionais e de reputação, dizem os investidores.
Os investidores querem que a Volkswagen divulgue quais os objetivos das associações para saberem se são compatíveis com as metas ecológicas da empresa.
O caso, aberto num tribunal alemão, irá provar se as empresas têm, ou não, o direito de se recusar a falar de certos assuntos na assembleia geral de acionistas e se a Volkswagen terá de incluir este tema na próxima assembleia.
"É preocupante que o nosso direito de acionistas de contribuir para a agenda da reunião anual tenha sido recusado. Como resultado, sentimos a necessidade de ir ao tribunal para esclarecer essa ‘área cinzenta’ para a lei empresarial na Alemanha", disse Emma Henningson, do fundo AP7, acionista da fabricante de automóveis.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes