Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, reafirmou esta quarta-feira, na Assembleia da República, que "foi pela economia" que o Governo nacionalizou a TAP, sublinhando que sempre foi intenção do Executivo voltar a privatizar a companhia, porque essa é a única forma de ela ser viável no futuro. "O que foi sempre assumido foi que a TAP não deve ficar sozinha. Não há nenhuma cambalhota", defendeu.
Não obstante, frisou: "não se iniciou nenhum processo de privatização". O ministro está a ser ouvido a pedido do PCP e do Chega sobre a privatização da TAP, um requerimento feito depois de a 29 de setembro o primeiro-ministro, António Costa, ter afirmado que o objetivo é privatizar a companhia nos próximos 12 meses. "É para privatizar 50%, é 100%, é quando?... São respostas que não vos posso dar, porque o processo ainda não se iniciou, só foi enunciado um objetivo", frisou.
O ministro quis ainda deixar claro: "Nunca foi objetivo que a TAP ficasse pública a 100%". E sublinhou de novo: "Nacionalizámos a TAP para a salvar".
"Se a TAP falisse ela não era substituída", afirmou. E considerou que a TAP é relevante por causa do seu hub. E afirmou que a companhia tem sido penalizada, nomeadamente com atrasos, devido a um aeroporto que está saturado.
Pedro Nuno Santos lamentou que o PSD, apesar de ser muito crítico em relação à forma como o Governo interveio na TAP, não diga o que faria se estivesse a liderar o país. Salvava a TAP ou deixava-a cair?, perguntou o ministro. Já o Chega, defendeu Pedro Nuno Santos, afirma que a TAP devia ser salva, mas não se devia meter lá dinheiro. “É agradar a gregos e troianos”, ironizou.
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