Economia

Governo dá maior autonomia à Estrutura de Missão Recuperar Portugal, que gere o PRR

Foto: Getty Images
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Apoio logístico e administrativo da estrutura Recuperar Portugal é assegurado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros. Gestora do PRR em melhores condições para gerir o orçamento e recrutar pessoal

Ano e meio após a criação da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, o Governo decidiu dar “maior autonomia decisória” à entidade presidida por Fernando Alfaiate, que é responsável pela coordenação técnica e pela gestão da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Resolução do Conselho de Ministros que altera a Estrutura de Missão Recuperar Portugal foi publicada esta terça-feira em Diário da República.

O presidente e o vice-presidente ganham maior autonomia em matéria de gestão e execução do respetivo orçamento e autorização de despesas, passando a ser equiparados, para efeitos de competências, aos órgãos máximos dos serviços com autonomia administrativa e financeira.

O apoio logístico e administrativo à estrutura Recuperar Portugal passa a ser assegurado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, emancipando-a da Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C).

Embora continue limitada a 60 pessoas, a entidade gestora do PRR ganha margem para oferecer melhores condições no recrutamento de pessoal e para celebrar protocolos de colaboração com centros de competência do Estado. Acrescem à equipa os elementos com funções de apoio aos trabalhos da Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR.

A Recuperar Portugal é dirigida por um presidente, um vice-presidente e quatro coordenadores de equipas de projeto, podendo agora o presidente designar até cinco chefes de equipas das unidades de suporte. O diploma também clarifica as regalias para quem for trabalhar para a entidade gestora do PRR, incluindo até 45 técnicos superiores e até quatro assistentes técnicos ou operacionais.

Por exemplo, nas modalidades de contrato de trabalho a termo resolutivo certo ou incerto ou de acordo de cedência de interesse público, pode ser negociada e fixada a remuneração dos técnicos superiores consoante a experiência e conhecimento dos respetivos candidatos. Na modalidade de recrutamento por mobilidade, há possibilidade de atribuição da posição remuneratória imediatamente seguinte à detida pelos candidatos com relação jurídica de emprego público previamente constituída.

A Estrutura de Missão Recuperar Portugal fica ainda autorizada a celebrar protocolos de colaboração com os centros de competências do Estado, bem como com outros órgãos e serviços da administração direta e indireta do Estado com vista ao cumprimento dos seus objetivos. Estes protocolos devem fixar o modo de repartição de encargos, bem como os técnicos afetos às atividades previstas no protocolo, incluindo os termos da prestação de trabalho, em permanência ou em regime de tempo parcial.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: economia@expresso.impresa.pt

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