O PSI, índice de referência da bolsa portuguesa, fechou a primeira sessão de negociação da semana em alta, com uma valorização de 1,61%, para 5425,88 pontos. Na Europa as bolsas terminaram o dia em alta, inclusive o FTSE 100, índice de referência britânico, num dia marcado pela reversão do plano fiscal britânico anunciado nem há um mês.
Das 15 cotadas que compõem o índice, 14 encerraram o dia no “verde”, nomeadamente todos os “pesos pesados” (cotadas que mais influenciam o PSI): Galp, grupo EDP, Jerónimo Martins e BCP. Só a Greenvolt não terminou o dia em alta, mas também não fechou no “vermelho”, simplesmente não apresentou qualquer variação face ao fecho de sexta-feira.
Dos cinco “grandes”, foi a EDP Renováveis a que mais ganhou, ao avançar 2,42%, para 20,07 euros por ação. Seguiu-se a EDP, que cresceu 2,3%, para 4,225euros.
Já a Jerónimo Martins avançou 1,87%, para 19,58 euros por ação, e o BCP ganhou 0,74%, para 0,1364 euros. Por fim, a Galp avançou 0,5%, para 10,11 euros.
No entanto, a cotada que liderou os ganhos nesta segunda-feira foi a Altri, ao avançar 2,93%, para 5,44 euros por ação.
Lisboa segue, assim, a Europa, uma vez que as principais praças europeias também fecharam no “verde”. Por exemplo, o índice de referência europeu, Stoxx 600, ganhou aproximadamente 1,8%.
Até o FTSE 100, índice de referência no Reino Unido, registou uma variação positiva (0,9%), apesar de toda a confusão instalada no país. O novo ministro das Finanças britânico cancelou esta segunda-feira "quase todos" os cortes fiscais anunciados há apenas três semanas atrás, numa tentativa de mostrar aos mercados financeiros que está determinado em estabilizar as contas públicas.
Hunt foi recrutado à pressa pela primeira-ministra, Liz Truss, para substituir o antecessor Kwasi Kwarteng, o qual despediu devido à instabilidade política e económica criada pelo programa maciço de cortes fiscais anunciado em 23 de setembro. O plano resultou numa forte desvalorização da libra e um aumento das taxas de juro sobre a dívida soberana, forçando o Banco de Inglaterra a intervir para para estabilizar o mercado obrigacionista.
A libra atingiu, esta segunda-feira, o valor mais alto num mês face ao dólar e face ao euro (1,14 e 1,16, respetivamente), depois do mínimo em vários anos quando foi anunciado o plano agora quebrado pelo novo ministro. Segundo a “BBC” também as taxas de juro sobre a dívida soberana caíram, ou seja, os empréstimos do Governo ficaram menos caros.
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