Economia

Alemanha rejeita críticas de egoísmo ao seu plano de apoio de 200 mil milhões de euros

Robert Habeck
Robert Habeck
picture alliance/Getty Images

O vice-chanceler alemão atacou os críticos do apoio à energia de 200 mil milhões de euros. “Não estamos a ser egoístas – estamos a tentar estabilizar uma economia no coração da Europa”, afirmou

O vice-chanceler da Alemanha atacou os críticos do pacote de apoio à energia de 200 mil milhões de euros que Berlim revelou em setembro, negando que fosse "egoísta" e insistindo que ajudará a proteger toda a economia europeia, noticia o “Financial Times”.

"Se a Alemanha experimentasse uma recessão realmente profunda, isso arrastaria toda a Europa para baixo", disse Robert Habeck. “Não estamos a ser egoístas – estamos a tentar estabilizar uma economia no coração da Europa”, acrescentou.

O pacote de ajuda alemão causou um certo incómodo a outros países com menos poderio económico. Vários diplomatas argumentaram que a utilização por Berlim do seu poderio económico, enquanto outros países lutam para financiar os seus apoios, colide com os esforços para uma resposta unificada da União Europeia (UE) contra a o aumento dos preços da energia por causa da guerra na Ucrânia e também contra a estratégia de limitar as exportações de energia da Rússia.

Na opinião da Comissão Europeia, pode mesmo criar uma maior lacuna dentro do bloco europeu. Um dos críticos foi, inclusive, a presidente da Comissão.

"Temos de proteger os alicerces da nossa economia e, em particular, o nosso mercado único. Esta é a força da União Europeia [UE], é daí que vem a riqueza da UE. Sem uma solução europeia comum, corremos o risco de fragmentação. É essencial que preservemos condições iguais para todos na União Europeia", sublinhou a presidente.

Os países da UE podem não ter ficado felizes, mas os consumidores alemães sim, pois têm vindo a ser pressionados com inflação elevada e com o disparo dos preços da energia devido à elevada dependência da Rússia.

Habeck, que é vice-chanceler e ministro da Economia, disse que as críticas à Alemanha são injustas. “Muitos países já tomaram medidas” para limitar os preços da energia, relembrou.

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