A inflação homóloga abrandou ligeiramente nos Estados Unidos em setembro para 8,2%, menos uma décima em relação a agosto, indicou esta quinta-feira, 13 de outubro, o Departamento do Trabalho.
Segundo o índice CPI, a inflação acelerou face ao mês anterior, com os preços a subirem 0,4% entre agosto e setembro, depois de terem progredido apenas 0,1% entre julho e agosto.
A desaceleração da taxa de inflação de 8,3% para 8,2%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, ficou abaixo do esperado e a subida de preços mantém-se generalizada.
A queda abaixo do esperado da taxa de inflação deverá fazer com que o banco central norte-americano, a Reserva Federal, reforce o seu compromisso em continuar com subidas agressivas da taxa de juro de referência, numa contração da política monetária que visa travar a subida dos preços.
Segundo a Reuters, os analistas esperam uma subida de 75 pontos-base na decisão de política monetária de novembro.
A taxa de inflação subjacente, que exclui as componentes de bens alimentares não processados e da energia por serem mais voláteis, subiu para 6,6% em setembro face a 6,3% em agosto, impulsionada pelo aumento dos custos do arrendamento.
A inflação subjacente é o indicador ao qual os economistas e decisores políticos estão a prestar cada vez mais atenção, já que sinaliza que a subida dos preços deste surto inflacionista está a espalhar-se, e a cimentar-se, na restante economia.
A agência recorda que o mercado de trabalho norte-americano, com o desemprego em mínimos e com falta de trabalhadores em diversas indústrias, está a alimentar, em parte, este surto, com a Reserva Federal a antecipar um aumento da taxa de desemprego nos próximos meses que ajudará a corrigir a pressão no mercado laboral.
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