Alguns funcionários do governo de Biden estão preocupados com a possibilidade de o plano de impor um limite máximo ao preço do petróleo russo se revelar um tiro que pode ‘sair pela culatra’ após a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) ter decidido cortar a sua produção, noticia a “Bloomberg”.
O plano tem como objetivo evitar picos nos preços globais do petróleo, mas o corte da OPEP+ não veio ajudar, pois pode aumentar a volatilidade dos mercados. Ainda assim, apesar da redução na produção, o teto máximo aos preços do petróleo russo está em andamento e é apoiado pela maioria do governo de Joe Biden, assim como por vários países aliados (inclusive europeus).
O plano continua em andamento porque é visto como uma escolha entre várias más opções, mas a única maneira de reduzir o financiamento da Rússia para continuar na guerra.
Outros membros da administração Biden estão também preocupados com a possibilidade de o presidente russo, Vladimir Putin, retaliar e cortar o fornecimento de certos bens. Putin já disse que a Rússia não vai vender petróleo para os países que se juntem a este teto máximo.
O corte da OPEP+ foi recebido com indignação pelos Estados Unidos, que ao longo dos últimos meses têm apelado a uma maior produção para tentar controlar os preços do mercado. Biden acusou, na terça-feira, a Arábia Saudita, o membro mais influente do grupo, de se aliar à Rússia com o anúncio do corte.
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