Economia

Riqueza mundial deve cair mais de 2% em 2022, a maior queda desde 2008. E muito por causa dos bancos centrais

Riqueza mundial deve cair mais de 2% em 2022, a maior queda desde 2008. E muito por causa dos bancos centrais
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A riqueza global deverá cair mais de 2% em 2022, com as famílias a perderem um décimo do seu património, segundo a Allianz

O ano 2022 é um “momento de viragem”, diz a Allianz num estudo sobre riqueza global. Segundo os analistas da seguradora citados pela Bloomberg em notícia desta quarta-feira, 12 de outubro, a riqueza deverá cair mais de 2%, em termos nominais, em todo o mundo, depois de dois anos consecutivos de crescimento, naquele que deverá ser apenas o início de uma reversão provocada pela pandemia e pela reorganização geopolítica mundial

A causa desta inversão é, segundo o “Global Wealth Report”, a tendência dos bancos centrais globais de aumentar as taxas de juro e de “drenar” o excesso de liquidez depois de mais de uma década de políticas acomodatícias na maior parte das economias.

“A inflação dispara, a energia e os bens alimentares são escassos, e a contração monetária está a apertar as economias e os mercados - a riqueza das famílias vai sofrer”, com os lares a perderem “em termos reais um décimo da sua riqueza”, segundo o relatório.

Segundo a Bloomberg, que cita o relatório, os mercados acionistas não deverão recuperar tão facilmente com em 2008 das quedas já registadas em 2022: “ao contrário do que aconteceu na Grande Crise Financeira, que foi seguida por uma recuperação relativamente rápida - principalmente nos mercados de ativos - desta vez as perspetivas de médio-prazo são, também, assaz negras: estima-se que o crescimento médio dos ativos financeiros seja perto dos 4,6% até 2025, em comparação com 10,4% nos três anos anteriores”.

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