Economia

Nova Zelândia quer taxar emissões de metano de vacas e ovelhas

Nova Zelândia quer taxar emissões de metano de vacas e ovelhas
zhuang wang/Getty Images

A Nova Zelândia quer recuperar uma ideia antiga: um imposto sobre as emissões de metano do gado, rumo à neutralidade carbónica. Os agricultores temem que isso os obrigue a vender as quintas a grandes empresas

O mundo rural neozelandês não está feliz com a ideia da primeira-ministra, Jacinta Arden, para limitar as emissões de metano. Isto porque a proposta visa taxar o gado bovino e caprino no país com base nos gases que emitem para a atmosfera, de acordo com o Financial Times desta quarta-feira, 12 de outubro.

O imposto entraria em vigor em 2025 e o encaixe procedente desta taxa, num país onde não falta gado, seria aplicado na procura de soluções para diminuir as emissões de metano, por entre os esforços do país rumo à neutralidade carbónica. Mas os agricultores não estão convencidos.

A proposta, a ser implementada, significaria um imposto único no mundo que taxaria as emissões de metano do gado bovino e caprino de cada produtor, com base em critérios como o número de cabeças ou o tipo de fertilizantes usados para o crescimento da alimentação destes. Seria possível pagar menos imposto se fossem adotadas medidas para diminuir o nível de metano produzido na digestão dos animais.

Os agricultores, segundo o FT, temem que este imposto - que já tinha sido proposto há duas décadas e abandonado depois de fortes protestos - a somar ao aumento dos custos dos combustíveis, dos fertilizantes, das rações e dos materiais agrícolas a nível global os obrigue a vender as suas quintas a grandes empresas, por serem incapazes de lidar com mais um custo adicional.

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