O crescimento económico dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) deverá continuar a abrandar, de acordo com os indicadores avançados compósitos da instituição da qual fazem parte 38 países, divulgados esta terça-feira.
De acordo com estes indicadores, que visam sinalizar pontos de viragem na atividade económica nos seis a nove meses seguintes, as economias da OCDE, e outras, estão a ser “arrastadas por uma inflação elevada, taxas de juro crescentes e preços das ações em declínio”.
A OCDE destaca o abrandamento do crescimento no Canadá, no Reino Unido e nos Estados Unidos, e também na zona euro, incluindo a França, Alemanha e Itália - alguns dos principais países que compõem a organização.
Por outro lado, os indicadores voltaram a apontar para um crescimento estável no Japão.
Entre as economias consideradas “emergentes”, os indicadores apontam para um abrandamento na China (devido à indústria) e no Brasil, mas uma certa estabilidade na Índia.
A OCDE alerta que “as incertezas relacionadas com o impacto da guerra na Ucrânia, especialmente nos mercados de energia, e a covid-19” podem fazer flutuar estes indicadores de forma acima do normal. Por isso, estes dados “devem ser interpretados com cuidado e a sua magnitude deve ser encarada mais como uma indicação da força do sinal do que como uma medida do crescimento da atividade económica”.
Estes dados baseiam-se em diversos indicadores económicos como encomendas de empresas, licenças de construção, e índices de confiança, sendo que, na maioria dos países, estão disponíveis até setembro de 2022.
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