Os trabalhadores franceses das refinarias de energéticas como a ExxonMobil e a TotalEnergies estão numa greve que, em alguns casos, se prolonga há mais de duas semanas, reivindicando aumentos salariais. O governo francês recorreu a uma requisição civil para garantir o regresso ao funcionamento destas unidades, noticia o Financial Times esta terça-feira, 11 de outubro, numa altura em que um terço dos postos de abastecimento franceses registam falta de combustível.
De acordo com o jornal britânico, a primeira-ministra, Élisabeth Borne, ordenou uma requisição de trabalhadores da ExxonMobil, para que regressem ao funcionamento armazéns de combustível parados há duas semanas. Os sindicatos encararam a decisão do governo como uma declaração de guerra, segundo o jornal.
O braço-de-ferro entre os sindicatos e as empresas fez com que o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, dissesse à rádio France Info, citado pelo FT, que o governo teria de intervir se não houvesse negociações.
No norte de França, uma unidade da Total está sem funcionar desde 27 de setembro, provocando escassez de combustível nas bombas ou mesmo o fecho destas na região.
Os trabalhadores das energéticas reivindicam aumentos salariais numa altura em que a inflação diminui o poder de compra e que as energéticas registam lucros extraordinários, beneficiando dos aumentos dos preços da energia nos mercados internacionais.
As greves dos trabalhadores de refinaria e armazenamento da ExxonMobil e da TotalEnergies obrigaram, segundo o FT, o Estado francês a libertar reservas de combustível para assegurar a estabilidade de fornecimento nas bombas, com muitos franceses a acorrerem em pânico a assegurar os tanques cheios dos seus carros.
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