Economia

SITAVA apela à TAP que cumpra contratos com todos os trabalhadores e não apenas com quadros de topo

SITAVA apela à TAP que cumpra contratos com todos os trabalhadores e não apenas com quadros de topo

Sindicato diz que “não está em causa o ato de gestão de renovar ou não a frota automóvel, nem sequer a marca escolhida”, mas “as opções de gestão que canaliza recursos para cumprir os contratos com uns e recusa-os a outros"

Se a administração considera que os contratos são para cumprir com uns trabalhadores, então tem de os cumprir com todos. É esta a mensagem do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), num comunicado enviado esta quinta-feira, onde lamenta que a TAP continue nos meios de comunicação social pelas piores razões. O Sitava quer agora sentar-se e discutir com a gestão questões onde considera que há incumprimento para com os trabalhadores, nomeadamente a nível salarial.

No comunicado intitulado “sensibilidade e bom senso precisam-se”, o Sitava afirma que a administração da TAP contribuiu para que a companhia aérea “volte a ser utilizada como arma de arremesso político”, devido à renovação da frota automóvel, substituindo Peugeot por BMW. Uma medida que a TAP diz que permite uma poupança de 630 mil euros anuais, e afirma que foi feita por concurso de mercado, para o qual foram convidadas a participar seis entidades.

“Pela nossa parte iremos de imediato solicitar uma reunião à Comissão Executiva para dar oportunidade à empresa de se retratar, e demonstrar que não pratica dualidade de critérios, resolvendo rapidamente as variadíssimas questões pendentes que se arrastam há meses”, afirma o sindicato liderado por Paulo Duarte.

O Sitava lembra que os contratos com os trabalhadores da TAP preveem o “direito ao salário completo”, o que “não está a ser cumprido”. E salienta que “os trabalhadores da TAP estão desde 2020 em profundo sofrimento e também eles têm nos seus contratos o direito ao salário completo”, e isso não está a ser cumprido. Como diz o ditado “para bom entendedor meia palavra basta”.

Para o Sitava “não está em causa o ato de gestão de renovar ou não a frota automóvel, nem sequer a marca escolhida”, mas “as opções de gestão que canaliza recursos para cumprir os contratos com uns e recusa-os a outros, até para resolver as pequenas coisas, mas com grande significado para os trabalhadores”.

O sindicato dá exemplos: “[A gestão] canaliza recursos para obras perfeitamente inúteis como o controlo de acessos no H6 [edifício] e recusa-os para obras de fundo, como, por exemplo, para dignificar os balneários dos trabalhadores, e tantas outras que aqui poderíamos enumerar, como, por exemplo, essa ideia peregrina de mudar a sede à pressa e sem a devida ponderação”. O Sitava tem questionado a mudança de sede considerando que haverá desperdício de recursos.

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