Economia

Gestão da TAP recua na compra dos BMW e mantém frota atual de Peugeot por mais um ano

Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP
RICARDO LOPES

Face à polémica e à forte contestação interna e externa, a administração da TAP decidiu recuar e vai manter os Peugeot em vez de os trocar por BMW

O “sentimento geral dos portugueses" e a polémica levou a gestão da TAP a recuar na decisão de renovar a frota, uma medida que tinha afirmado que lhe permitiria poupar 630 mil euros. A decisão fica suspensa por um ano.

“A Comissão Executiva da TAP compreende o sentimento geral dos portugueses e, apesar da decisão que tomou quanto à frota automóvel ser a menos onerosa para a companhia nas atuais condições de mercado, a TAP procurará manter a atual frota durante um período máximo de um ano, enquanto reavalia a política de mobilidade”, lê-se num comunicado enviado às redações.

A renovação da frota automóvel da TAP, com 50 novos BMW destinados à Comissão Executiva e aos diretores, avançada pela TVI/CNN Portugal gerou uma onda de protesto, com os sindicatos a considerarem a decisão "ética e moralmente condenável", a pedir que não houvesse tratamento diferenciado dos trabalhadores - para os quadros de topo e os outros.

Os sindicatos exigiam ainda que os contratos, nomeadamente em relação aos salários, alvo de um corte de 25% até ao final de 2024, fossem cumpridos. É que a gestão da companhia, liderada por Christine Ourmières-Widener, explicou que decidiu renovar a frota, substituindo os antigos Peugeot por BMW, alegando que isso permitiria não só fazer uma poupança de €630 mil anuais, como também honrar os compromissos com os trabalhadores, já que os contratos com a Peugeot, feitos em 2017, iriam acabar em 2023, e não poderiam ser renovados.

Para já, a TAP vai manter os contratos de aluguer de longa duração com a Peugeot, deixando cair a contratação de 50 novos BMW. Esta decisão terá o prazo máximo de um ano.

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