Economia

Inflação nos países da OCDE volta a subir em agosto, para 10,3%

Inflação nos países da OCDE volta a subir em agosto, para 10,3%
AFP/Getty Images

Depois do abrandamento em julho, a inflação no conjunto dos países da OCDE voltou a subir para 10,3% em agosto. Os preços da energia voltaram a abrandar, mas a subida do preços dos alimentos acelerou

Depois do abrandamento em julho (para 10,2%), a inflação no conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) voltou a subir em agosto, para 10,3%, o mesmo valor registado em junho. Apesar da subida houve uma certa estabilização da inflação nesses meses de verão.

Segundo nota divulgada esta terça-feira, “entre julho e agosto de 2022, a inflação global diminuiu em 16 dos 38 países da OCDE, principalmente devido a abrandamentos nas subidas dos preços da energia”.

Os preços da energia subiram 30,2% no mês em análise, contra 35,3% em julho, tendo os preços energéticos caído em cerca de 60% dos 38 países da OCDE. Excluindo energia e excluindo alimentos e energia a inflação continua a aumentar.

A inflação pode ter descido em 16 países, mas há 15 países que ainda preocupam pois continuaram a registar uma inflação de dois dígitos em agosto, sendo que as taxas mais elevadas foram observadas na Estónia, Letónia, Lituânia e Turquia (todas acima dos 20%).

A Turquia tem tido dores de cabeça com a inflação. Os últimos dados oficiais do país deram conta de que a inflação na Turquia se fixou 83,45% em setembro, face ao mesmo mês do ano passado, o que representa o valor mais alto desde julho de 1998.

Em Portugal, recorde-se, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apurou para agosto uma taxa de inflação de 8,9%, que em setembro acelerou para 9,3%, o nível mais alto desde outubro de 1992.

Analisando apenas o G7 (grupo das sete maiores economias do mundo), a inflação atingiu os 7,5% em agosto. O Canadá, França, Reino Unido e Estados Unidos registaram uma queda na inflação, impulsionada pelo abrandamento dos preços da energia, enquanto subiu na Alemanha, Itália e Japão.

Especificamente na zona euro a inflação subiu para 9,1% em agosto, contra 8,9% em julho, pois “a inflação dos preços dos alimentos e a inflação excluindo alimentos e energia mais do que compensou a desaceleração dos preços da energia”.

Já no G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), a inflação homóloga permaneceu estável em agosto, em 9,2% pelo terceiro mês consecutivo. “Fora da OCDE, a inflação homóloga aumentou na Argentina, Índia e Arábia Saudita, mas diminuiu no Brasil, China, Indonésia e África do Sul”, nota a organização.

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