O aumento salarial proposto pelo SITAVA, maior sindicato da TAP, é para aplicar sobre remunerações de trabalhadores que estão reduzidas em 25% até ao final de 2024, na sequência do plano de reestruturação.
"Tendo nós plena consciência que a empresa vive debaixo de escrutínio do plano de reestruturação, nem por isso minimiza o doloroso efeito da inflação e da diminuição dos salários reais, que se estima para 2023 da ordem dos 7%", sublinha o SITAVA, em comunicado enviado às redações.
Além da atualização das tabelas salariais em 2% a partir do presente mês de outubro, e em 3% a partir de janeiro de 2023, o SITAVA propõe também a atualização das clausulas de expressão pecuniária em 5% a partir de janeiro de 2023, assim como do subsídio de alimentação. Na proposta para discussão com a administração, o sindicato, liderado por Paulo Duarte, propõe ainda a atualização da garantia mínima (dois salários mínimos) para efeitos da redução salarial.
"É hoje completamente impossível ignorar os efeitos do processo inflacionário que está a tornar a vida dos trabalhadores num verdadeiro inferno. Desde praticamente o início do ano que os preços dos produtos de primeira necessidade, da alimentação à energia passando pelo crédito à habitação, não param de crescer, chegando a valores para muitos de nós completamente impensáveis", sublinha.
O SITAVA adianta que não acredita que "o processo inflacionário é temporário nem os preços dos alimentos e outros produtos de primeira necessidade voltarão aos valores de antes da crise".
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