Economia

Governo espanhol sugere aumento de 3,5% aos funcionários públicos

Foto: Getty Images
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O Ministério das Finanças espanhol irá propor um aumento de 3,5% para 2023 aos funcionários públicos na reunião que irá realizar esta quarta-feira com os sindicatos. Em Portugal, António Costa sinalizou uma subida de 2%

O Ministério das Finanças espanhol irá propor um aumento de 3,5% para 2023 nos salários dos funcionários públicos na reunião que irá realizar esta quarta-feira com os sindicatos, nomeadamente o mais representativo da Administração Pública do país, o Central Sindical Independiente y de Funcionarios (CSIF). A concretizar-se será uma subida inferior à inflação.

O sindicato foi convocado na quinta-feira passada pelo Tesouro para negociar este aumento após o anúncio da manifestação em massa convocada pelo CSIF, embora isso não tenha impedido que o comício tivesse lugar em Madrid com um grande número de participantes.

O maior sindicato dos funcionários públicos disse, no comício, que vão exigir à ministra um plano plurianual para recuperar gradualmente os 20% do poder de compra perdido desde 2010, ano em que o governo Zapatero cortou o salário dos funcionários públicos.

O objetivo do governo espanhol é mesmo desassociar o aumento salarial dos funcionários públicos da inflação, para evitar um efeito ‘bola de neve’, gerando assim mais inflação. Já os reformados serão recompensados pelos aumentos da inflação.

Segundo o jornal “El País” , além da questão salarial, o Ministério das Finanças traz para a reunião desta tarde com os sindicatos a intenção de fechar um pacto plurianual e a possibilidade de reduzir a semana de trabalho para 35 horas.

Em Portugal, no caso dos funcionários públicos, não haverá compensação face à inflação deste ano. Segundo o primeiro-ministro, estes trabalhadores “não vão, com certeza, ser aumentados 7,4%”. António Costa sinalizou que o referencial para aumentos para 2023 que o Executivo se prepara para levar a discussão com os parceiros sociais, em sede de Concertação Social, é de 2%.

Ora, considerando a inflação de 7,4% estimada para este ano e os 0,9% de aumentos salariais que os funcionários públicos tiveram em 2022, contas feitas, a perda de poder de compra contabilizada este ano para os funcionários do Estado será de 6,5%, a maior desde 2010.

Também no salário mínimo haverá perda de poder de compra, pela primeira vez desde os anos da troika - em termos reais, haverá uma perda de 1,4%.

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