Economia

Perdão dos créditos aos universitários de Biden pode custar 400 mil milhões de euros durante mais de 30 anos

Perdão dos créditos aos universitários de Biden pode custar 400 mil milhões de euros durante mais de 30 anos
LEAH MILLIS/Reuters

O número é de um gabinete independente do Congresso norte-americano para assuntos orçamentais, a pedido da oposição republicana, numa altura em que esta última acusa o perdão de estimular o surto inflacionista

O plano de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América, de cancelamento de dívida estudantil poderá vir a custar mais de 400 mil milhões de dólares (cerca de 403 mil milhões de euros ao câmbio atual) ao longo de 30 anos.

Os cálculos são de um gabinete independente do Congresso norte-americano para assuntos orçamentais e foram feitos a pedido do Partido Republicano, o grande opositor desta lei, que quis saber o real impacto fiscal desta medida, segundo notícia do Financial Times desta terça-feira, 27 de setembro.

O diploma, anunciado em agosto, vai cancelar até 10 mil dólares (cerca de 10,1 mil euros) a créditos para financiar estudos a universitários com rendimentos de até 125 mil dólares (126 mil euros).

O Gabinete Orçamental do Congresso dos Estados Unidos, que é independente de qualquer partido, sublinha que as previsões, nomeadamente as que estimam pagamentos futuros com e sem a lei em vigor, estão sujeitas a grande incerteza.

O partido Republicano diz que esta lei pode vir a agravar o atual surto inflacionista no País, numa altura em que a taxa de inflação, apesar de ter abrandado em agosto para os 8,3% devido à queda dos preços do crude nos mercados internacionais, está ainda em máximos de várias décadas, obrigando a Reserva Federal a um ciclo agressivo de aumentos dos juros.

O Partido Democrata, do presidente Joe Biden, alega que esta lei vai desonerar a classe média, atualmente enterrada em dívidas de crédito universitário, e a viver uma crise de perda de poder de compra, em contraste com as medidas de alívio fiscal aos mais ricos tomadas pelos Republicanos durante a sua última passagem pelo poder, na administração Trump.

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