Economia

Medina acredita no crescimento turístico em 2023, apesar das "incertezas" da guerra

Medina acredita no crescimento turístico em 2023, apesar das "incertezas" da guerra
Administração de Donetsk

Ministro das Finanças frisa que em julho deste ano o país teve os melhores resultados de sempre, também com o mercado interno a crescer 15% face aos níveis pré-pandemia

Apesar da guerra que se vive na Europa e do “contexto de grande incerteza” ou de “degradação das economias europeias”, Fernando Medina, ministro das Finanças, diz acreditar no crescimento do sector do turismo em Portugal em 2023.

Na cimeira do turismo português que decorre esta terça-feira em Lisboa, promovida pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), o ministro das Finanças realçou o papel do turismo “como pilar do desenvolvimento económico” esperado no país em 2023, à semelhança do peso fundamental que desempenhou nos últimos anos a nível da recuperação. “O turismo foi responsável por um terço da recuperação económica registada em 2021, com uma contribuição de 16 mil milhões de euros”, sublinhou.

“O verão deste ano é a prova que no turismo conseguimos vencer os desafios da covid”, realçou o ministro das Finanças, destacando que, segundo os últimos dados oficiais e consolidados, em julho Portugal registou um aumento de 6,3% de hóspedes e de 4,8% nas dormidas face ao mês homólogo do ano passado.

O resultado do mercado interno “ficou 15% acima da pandemia, enquanto os não residentes ficaram aos mesmos níveis anteriores à covid”, realçou Medina, frisando que “mais importante que o regresso dos turistas é o valor gerado”, e que em julho o volume de negócios do alojamento e restauração ficou 62,3% acima do ano passado em igual período.

Costa anuncia vistos de trabalho para imigrantes da CPLP

A falta de pessoal para trabalhos essenciais foi um dos problemas que ressaltou no turismo na fase de recuperação, e António Costa, primeiro-ministro, anunciou que o país vai promover ativamente os recentes acordos de mobilidade no âmbito da Comunidade de Países de Lingua Portuguesa (CPLP), para “agilizar de modo legal uma emigração segura para Portugal”.


A diferença, sublinhou Costa, é que os acordos de mobilidade também incluem vistos de trabalho válidos para os empregadores poderem empregar estas pessoas, e "a partir de agora todos podem procurar legalmente trabalho em Portugal".

Uma das primeiras iniciativas no campo de promover os acordos de mobilidade que vigoram em Portugal irá ocorrer já de 20 a 22 de outubro, numa feira de empregabilidade que vai decorrer em Cabo Verde, onde "queremos agilizar, de modo legal, a emigração segura para Portugal", frisou o primeiro-ministro.

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